Você sabe quantos porcento um edifício é responsável por emissões de CO2 (dióxido de carbono) globais?
É estimado que todo o ciclo de vida de um edifício é responsável, direta e indiretamente, por cerca de 37% das emissões globais de dióxido de carbono.
É notável que este é um número muito elevado de emissões de gases poluidores para a construção de edifícios. No entanto, existe uma solução para minimizar os danos dessas construções.
O BIM combinado com a sustentabilidade é um grande aliado à redução de emissões de CO2, segundo um levantamento da Wienerberger UK.
Vamos saber como o BIM e sustentabilidade andam juntos? Continue conosco neste artigo e boa leitura!
O papel do BIM na construção sustentável
Quando pensamos em construções que respeitam o planeta, não dá para ignorar o potencial transformador do BIM (Building Information Modeling).
O BIM vai muito além de um modelo 3D: ele coloca na palma da mão do projetista a capacidade de prever, simular e gerenciar cada etapa da obra, desde o cálculo de materiais até a análise de desempenho energético ao longo de todo o ciclo de vida da construção.
Sabia que cerca de 40% dos recursos materiais e energéticos consumidos num projeto são usados não apenas na construção, mas também na sua manutenção?
A mesma proporção se reflete nas emissões de CO2 e nos resíduos gerados pela demolição e descarte.
Ou seja, integrar o BIM ao seu projeto desde o primeiro momento é crucial para mudar essa realidade. Com o BIM, o desperdício de materiais deixa de ser um “mal necessário” para virar mérito de planejamento.
Estudos mostram que a previsão precisa de insumos pode cortar até 15% do volume de sobras e entulho, e, quando aliada a práticas de economia circular e avaliação de ciclo de vida (LCA), esse índice sobe para 30% tanto na geração de lixo quanto nas emissões de carbono durante a construção.
Além de reduzir custos diretos com compras e descarte, essa eficiência se reflete em menor impacto ambiental e em obras mais limpas, ágeis e seguras.

Mariana Macedo
Coordenadora Comercial | Blocks®
“Implante o conceito de “passaporte digital de produtos” no seu fluxo BIM, incorporando informações detalhadas sobre emissões de carbono, certificações ambientais e demais atributos digitais de cada material. Assim, você antecipa a tendência global de orçar não apenas custos financeiros, mas também um “budget climático” para o projeto — e faz do BIM a base perfeita para gerenciar de forma integrada e transparente essas demandas desde a concepção até a operação.”
Qual é a importância da BIM e sustentabilidade?

O BIM e sustentabilidade andam de mãos dadas porque, ao invés de simplesmente criar uma maquete 3D, o BIM traz uma visão abrangente do projeto, o que permite alinhar decisões de projeto às metas ambientais desde o início.
É como se você tivesse um laboratório virtual em que cada elemento de um projeto, seja parede, material, temperatura, entre outros, pode ser testado antes de entrar em obra.
Com isso, erros se transformam em aprendizado e o desperdício de materiais deixa de ser um mal necessário.
O BIM reflete em construções mais realistas e, consequentemente, mais sustentáveis, pois a simulação de situações e soluções gera ganhos palpáveis na economia de recursos e na redução de impactos ambientais.
Quando falamos em números, o setor de construção chega a responder por aproximadamente 37% das emissões globais de CO2 relacionadas à energia.
Com o BIM, é possível fazer modelagens energéticas rápidas, avaliar o ciclo de vida de materiais e identificar pontos de economia de água, luz e insumos antes de erguer o primeiro tijolo.
Qual é a relação entre BIM 7D e Sustentabilidade?
No plano da sustentabilidade propriamente dita, entra em cena a “7D” do BIM, que incorpora variáveis de custo e de carbono para o modelo.
Embora as dimensões do BIM não sejam padronizadas mundialmente, a 7D costuma ser associada, segundo a própria Autodesk, à incorporação de critérios de sustentabilidade diretamente no modelo, o que permite que impactos ambientais sejam analisados e gerenciados desde as fases iniciais do projeto.
A dimensão 7D não se limita ao 3D geométrico, estando totalmente ligado ao BIM e à sustentabilidade.
Ela adiciona ao modelo informações sobre eficiência energética, ciclo de vida de materiais, consumo de água e geração de resíduos, e outros.
Em geral, o BIM 7D coloca a sustentabilidade no centro da operação. Nele, não basta projetar verde, é preciso operar verde. Integrando manutenção, desempenho e análises ambientais em um único modelo, o arquiteto garante que cada material, equipamento ou litro de água seja gerido com inteligência e responsabilidade.
Desafios e oportunidades para o BIM sustentável no Brasil

A incorporação da sustentabilidade ao BIM no Brasil tem sido impulsionada pela estratégia nacional — instituída pelo Decreto nº 11.888, de 2 de janeiro de 2024.
Ainda que a Estratégia BIM BR estabeleça diretrizes claras para difundir o método, sua aplicação em larga escala esbarra em uma série de obstáculos técnicos, culturais e de mercado.
Conheça alguns dos desafios do BIM sustentável no Brasil:
1. Infraestrutura, custo e capacitação
Grande parte dos escritórios, especialmente fora dos grandes centros, ainda enfrenta limitações de hardware, conectividade e licenças de software capazes de rodar modelos complexos.
O investimento inicial não é trivial: além de licenças (Revit, Naviswork, ArchiCAD etc.) há gastos significativos com treinamentos e consultorias metodológicas.
Essa barreira econômica acaba por frear a adoção do BIM sustentável em empresas de médio e pequeno porte, criando um cenário de desigualdade regional dentro do país.
2. Interoperabilidade e gestão da informação
A promessa de um modelo único e centralizado esbarra na realidade de que ainda não há plena compatibilidade entre todas as plataformas BIM, e as ferramentas de Análise de Ciclo de Vida (ACV), ou de Declaração Ambiental de Produto (DAP).
Gerir o grande volume de dados, exige um protocolos rígidos e um controle de qualidade que nem sempre está bem definido nos escritórios.
Sem essa padronização, análises de sustentabilidade podem ficar fragmentadas ou imprecisas, comprometendo a confiabilidade dos resultados.
3. Dados de sustentabilidade ainda incipientes
No Brasil, o DAP (Declaração Ambiental de Produto) é relativamente novo e ainda conta com um número reduzido de registros: apenas 12 DAPs foram publicadas por meio da Fundação Vanzolini até 2023.
Embora o EPD Brasil ofereça um banco de dados alinhado ao International EPD® System, a cobertura de produtos de construção ainda é limitada, o que dificulta a atribuição de pegadas de carbono e demais impactos ambientais diretamente nos objetos BIM.
Essa escassez de informações pode levar à subestimação ou à necessidade de recorrer a bases internacionais que não reflitam a realidade brasileira.
4. Oportunidades em pesquisa, inovação e parcerias
Por outro lado, a própria Estratégia BIM BR prevê articulações com FINEP e BNDES para financiar projetos de pesquisa e desenvolvimento de soluções BIM focadas em sustentabilidade.
Além disso, o uso de inteligência artificial começa a ser explorado para automatizar a extração de métricas ambientais e prever cenários de desempenho energético e de ciclo de vida.
Eventos como o ENIC 100 (Encontro Internacional da Indústria da Construção) vêm destacando painéis específicos sobre “BIM como caminho para sustentabilidade”, criando redes de colaboração entre governo, indústria e academia para acelerar a difusão dessas práticas.
BIM e Sustentabilidade? No Plugin Blocks tem!

Você sabia que é possível integrar BIM e sustentabilidade de maneira rápida?
Sabemos que migrar para processos sustentáveis, como o BIM 7D, é um processo longo e pode levar meses, ou até anos, para alinhar seus projetos.
Mas e se existisse um plugin no Revit com mais de 5 mil famílias parametrizadas que torna seu projeto mais sustentável em poucos cliques?
No plugin Blocks, os objetos BIM são totalmente especificados com informações importantíssimas para tornar o seu projeto sustentável.
Ou seja, em poucos minutos, você cria projetos impecáveis, alinhando o BIM à sustentabilidade. Não é incrível?
Quer pagar pra ver? Não precisa! Nosso plug-in é gratuito e você pode utilizar nossas famílias a qualquer momento. Baixe agora mesmo!
Conclusão
Quando unimos o poder do BIM com a sustentabilidade, deixamos de olhar cada projeto como um simples conjunto de paredes e passamos a vê-lo como algo impactante.
Um modelo deixa de ser apenas um “desenho em 3D” e se transforma em um mundo de decisões: que material escolher, como orientar a edificação, onde economizar água e como planejar a manutenção para gerar menos resíduos.
Não estamos falando apenas de cumprir normas ou buscar certificações: é oferecer ao cliente um projeto que traz consigo um propósito.
Então, se você está pronto para deixar seu projeto falar por si, mostrando que o BIM e sustentabilidade são a base de tudo o que construímos: baixe o plugin Blocks.
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